Ir para o conteúdo 6 Pular para o menu principal 5 Pular para rodapé 8
Você come bem no trabalho? Veja quais hábitos perder ou adotar para viver melhor
Guia Culinário 07/06/2018

Você come bem no trabalho? Veja quais hábitos perder ou adotar para viver melhor

Na correria do dia a dia às vezes atitudes simples, como parar para almoçar, são simplesmente deixadas de lado. O problema é que essa forma errada de se alimentar pode acabar gerando problemas maiores, como dores de cabeça e estresse. Se você se identificou com esses sintomas, saiba que preciso mudar urgentemente a sua relação com a comida, especialmente nos horários em que está no ambiente de trabalho. Afinal, é nele que estamos mais suscetíveis a dar mais importância a entregas do que à nossa própria saúde.

De olho do café

Um dos principais problemas em relação à má alimentação no ambiente de trabalho é justamente o café. Calma, ele também não um vilão. Na verdade a bebida é termogênica, o que ajuda a emagrecer. Além disso, fortalece o sistema imunológico e até previne a enxaqueca. Inclusive, seu consumo com parcimônia é recomendado. O problema é que muita gente toma muito mais café que o necessário por dia, algo que pode trazer prejuízos ao corpo. Isso sem falar em um perigo velado: o açúcar. Em média, se utilizam duas colheres desse adoçante para cada xícara de café, como lembra a nutricionista Bianca Sermarini.

“Para cada reunião, um café. Quem trabalha em escritório, então, é batata. Se são quatro reuniões em oito horas diárias de trabalho, serão quatro cafés. E se para cada xícara utilizam duas colheres de açúcar refinado, foram oito colheres, o que equivale a uma lata de refrigerante do tipo cola ou aproximadamente um copo de mate industrializado. Então o açúcar pode estar ali disfarçado sem ser percebido logo de cara. Ele não está na refeição em si, mas ao longo de uma semana ou um mês de trabalho seu consumo pode gerar alguns pesos extras”, afirma.

Se for comer fora, busque restaurantes com comidas saudáveis

Dependendo do lugar que a pessoa trabalha, o fast-food pode parecer uma solução prática. Afinal, quanto mais rápido ela comer mais depressa ela volta para o trabalho, certo? Só que essa opção acarreta em diversos problemas para a saúde. Em primeiro lugar, comer com pressa é um hábito que deve ser evitado ao máximo. Tanto é que o movimento slow food, que preza o consumo consciente da comida em todos os sentidos, ganha cada vez mais força. Além disso, os alimentos encontrados em lanchonetes em geral não são tão nutritivos quanto aqueles presentes em restaurantes.

“Hoje, a maioria dos restaurantes tem a opção de algum prato saudável ou comida no sistema de buffet. Nesse caso, é preciso optar por folhas verdes, legumes variados, uma proteína de boa qualidade e uma fonte de carboidrato. Também é importante dar preferência a alimentos fitoquímicos, já que são eles que irão prevenir doenças”, diz Bianca, que lembra também que até hamburguerias incluíram opções saudáveis em seus cardápios.

Dê preferência à famosa marmita

Quando comemos na rua não sabemos quais ingredientes foram utilizados no preparo dos pratos, e por isso é comum ficar com aquela sensação de inchaço após uma refeição. Além disso, muita gente acaba optando por alimentos mais gordurosos ao comer na rua, enquanto em casa dificilmente os prepara. Por isso, Bianca Sermarini sugere que mesmo as pessoas que não possuem muito tempo disponível tentem cozinhar para levar comida para o trabalho, nem que isso seja feito apenas uma vez na semana.

“Você pode cozinhar no vapor os legumes que mais gosta e preparar a proteína que mais lhe agrada, ou que já está prescrita a sua porção pelo nutricionista que acompanha seu planejamento alimentar. Depois você separa a comida em pelo menos cinco porções, uma para cada dia de trabalho, caso essa seja sua jornada. Com isso, você não perde tempo cozinhando todo dia”, afirma a nutricionista, que defende também a inclusão de salada fresca e uma fruta no cardápio diário. Lembrando que é preciso verificar se o local de trabalho possui geladeira ou frigobar para armazenar o alimento de forma correta.

Preparar a marmita em casa também traz o benefício financeiro. Isso porque é mais barato comprar a comida no mercado do que ir a restaurantes todos os dias. Inclusive, outra forma de economizar é optar por quentinhas delivery, que são bem comuns em um ambiente empresarial. Dê preferência às que entregam uma comida mais orgânica e com alimentos naturais ao invés de pratos com fritura, como os que possuem batata frita.

Lanches saudáveis são ideais para quando bater a fome

Quando dá aquela vontade no meio do expediente de comer alguma é fácil recorrer ao biscoito ou a algum salgado. E isso ocorre até com pessoas que almoçam ou jantam de forma saudável. A solução? Levar o seu próprio lanche para o trabalho e já estar preparado para um possível momento de fome. “Snacks saudáveis são a melhor opção, como mix de castanhas, uma porção de fruta ou um iogurte 0% gordura. Todos eles são uma boa pedida para aguentar a fome até a próxima refeição”, sugere Bianca.

Pare de comer na frente do computador

Por fim, é bem comum que em ambientes de trabalho as pessoas comam na frente do computador enquanto finalizam as suas tarefas. O hábito é péssimo e muito desaconselhado por nutricionistas, já que pode gerar não apenas o aumento do peso, mas também problemas físicos e psicológicos.

“O ato de se alimentar envolve uma série de aspectos sensoriais, não só o paladar. Primeiro comemos com os olhos, e quando nos alimentamos frente ao computador deixamos de ver a comida e o quanto estamos ingerindo naquela refeição, e com isso comemos por impulso. Também não temos a troca com os colegas, que ocorre em restaurantes ou no refeitório do trabalho, que gera a socialização. Esse simples ato previne a depressão. Muitas vezes a ansiedade, comum na população brasileira nos dias de hoje, nos faz descontar na alimentação, seja por prazos no trabalho por outras questões envolvidas com a rotina. Isso pode acabar indo para a comida, influenciando a alimentação comportamental”, ressalta.