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Movimente-se 29/08/2019

Dia Nacional de Combate ao Fumo: os relatos inspiradores de quem venceu o vício

Cerca de 9% da população brasileira é fumante. Isso significa que aproximadamente 18 milhões de brasileiros e brasileiras sofrem com o tabagismo, doença causada pelo vício em nicotina. O cigarro é um grande vilão da saúde na sociedade, sendo ele o responsável por cerca de 430 mortes por dia no país, sem contar os fumantes passivos, como mostram dados de 2018 da OMS (Organização Mundial da Saúde). Doenças do trato respiratório e cardiovasculares, como angina, AVC, bronquite crônica, infarto, enfisema pulmonar e diversos cânceres – como os de pulmão, laringe, esôfago e faringe – são causadas diretamente pela ação do tabaco no organismo.

A notícia boa é de que o Brasil é um dos líderes na campanha de contra o cigarro, tendo reduzido em 8 anos 40% da população tabagista, um número muito bom. Pensando em conscientizar as pessoas sobre os riscos desse hábito, foi criado o Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado no dia 29 de agosto.

Apesar de tantos malefícios, o vício ainda faz muitas vítimas. Mas para aqueles que ainda não conseguiram dar adeus à nicotina, é possível parar! Conversamos com ex-fumantes que conseguiram dar a volta por cima e levar uma vida mais saudável e sem cigarros.

‘Depois que parei de fumar minha respiração melhorou e tenho mais fôlego’

A historiadora Sarah, de 35 anos, decidiu parar de fumar definitivamente no carnaval deste ano. “Meu pai de santo estava tentando parar e eu, pra apoiar, entrei na onda”. Apesar de todo o mal que o cigarro faz ser amplamente conhecido, o bem-estar não foi o principal motivo para tomar a decisão que faltava. “Já estava pensando em parar, mais pela questão financeira do que de saúde, confesso. Aí a decisão do Pai foi meio que um empurrão”, revela Sarah, que fumava desde seus 25 anos, logo após a sua primeira separação.

Dez anos depois, ela conta que desde que parou de fumar já conseguiu perceber os benefícios. “Eu senti que minha respiração melhorou: tenho mais fôlego, por exemplo e ronco menos. Por outro lado eu sinto mais necessidade de comer doce, mas não foi uma substituição completa, porque me controlo”, conta a historiadora.

‘Não era divertido, eu só ficava com aquele cheiro forte de tabaco’

Janaína começou a fumar em 2015 porque, segundo ela, “queria impressionar um carinha com quem saía”. Desde então, ela passou a usar o cigarro como companheiro em horas ruins. “Eu fumava com mais frequência quando estava zangada com alguma coisa”, diz a produtora de eventos, de 35 anos. Ela decidiu parar quando percebeu que ser fumante preocupava uma pessoa importante em sua vida. “Tivemos uma conversa sobre os hábitos que tínhamos que preocupavam um ao outro”. Os dois fizeram um combinado, e a parte dela era “nunca mais colocar um cigarro na boca, porque esse hábito o incomodava e o preocupava”.

O combinado foi eficaz. “Eu simplesmente dei a última carteira de cigarros que tinha comprado pra um conhecido meu e nunca mais fumei”, conta Janaína, que se livrou do cigarro em setembro de 2018. Depois de deixar de ser fumante, ela diz que o benefício mais sentido foi no bolso. “Pra minha surpresa, não senti falta do cigarro depois disso, e apesar de não ter tido nenhum momento decisivo em que eu tenha sentido algo especial demais por ter parado, sinto que eu só jogava dinheiro fora”. Em contrapartida, os malefícios do cigarro foram instantaneamente percebidos. “Não era divertido, eu só ficava com aquele cheiro forte de tabaco que não me ajudava com a minha imagem, já que eu trabalho com ela diretamente”, diz a produtora de eventos.

Parar de fumar é possível sim!

Lutar contra o tabagismo é difícil, mas não impossível. Para isso, é muito importante dar o primeiro passo e ter força de vontade. “Não vale a pena, de verdade. A gente acha que tá parecendo legalzão fumando e, no fim das contas, não está fazendo nada de positivo por si”, diz Janaína, que revela que saber sobre o mal que o hábito faz é fundamental para parar. “Ter consciências dos efeitos que o cigarro traz a longo prazo e esclarecimentos sobre os efeitos da nicotina também são um diferencial para que você compreenda o que tá colocando pra dentro do corpo”.

Para Sarah, é necessário o autoconhecimento da própria rotina e dos hábitos “aliados” do vício. “É preciso fugir de situações que te dão vontade. Eu, por exemplo, diminuí a quantidade de café por dia, porque sempre fumava depois do cafezinho”, conta a historiadora. O mais importante é saber que tem tabagismo tem cura sim, e que todo dia é dia de fazer a diferença e levar uma vida mais saudável sem o cigarro.