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O que causa a desidratação e quanta água é necessária para resolver o problema?
Guia Culinário 10/10/2018

O que causa a desidratação e quanta água é necessária para resolver o problema?

O corpo humano precisa estar devidamente hidratado para que todos os nossos órgãos funcionem perfeitamente e a saúde esteja em dia. Por isso, além de beber bastante água, também é preciso investir em alimentos que também ajudam a impedir a desidratação – como é o caso de frutas, legumes e verduras com um alto teor de água.

No entanto, fica a dúvida: em um corpo que já está desidratado, só essas medidas são suficientes para contornar o problema ou é preciso contar com um reforço para recuperar o organismo? Para responder essa dúvida nós consultamos a médica Janaína Guimarães.

Doenças e alterações do clima podem causar a desidratação do corpo

Por mais que, em geral, a água seja de fácil acesso e todo mundo fale o tempo todo sobre a necessidade de consumi-la bastante ao longo do dia, a desidratação é um problema mais comum do que parece. Ele ocorre quando o corpo não tem o líquido suficiente para que continue trabalhando – ou seja, quando há um desequilíbrio entre a quantidade que foi ingerida e a que foi liberada, como esclarece a médica Janaína Guimarães. “A desidratação se caracteriza por um desequilíbrio entre ingestão e perdas. Ocorre a perda de água, mas também de sais minerais e líquidos orgânicos essenciais para o desempenho do corpo humano”, explica.

Em geral, o pouco consumo de água é um dos principais motivos para o surgimento do problema. No entanto, a médica também aponta que a desidratação do corpo pode ser resultado de outros fatores. “Algumas doenças podem levar à desidratação, como diarreia, vômitos, diabetes ou até mesmo alterações do clima. O risco também aparece nos dias de calor, quando a transpiração é excessiva”, aponta.

Desidratação é grave! Corpo pode parar de funcionar com a falta de água

Como a água é indispensável para o bom funcionamento do nosso corpo, ele responde de maneira negativa quando está desidratado. De acordo com a médica, como esse líquido atua em diversas funções importantes – como reações metabólicas, transporte de substâncias e regulação da temperatura corporal, por exemplo -, o organismo reage de maneira negativa quando ele está em falta e, em casos extremos, pode até parar de funcionar. “Nosso cérebro ativa uma série de mecanismos de adaptação para conseguir manter sua atividade apesar da falta do líquido. No entanto, esse processo só pode continuar durante alguns dias. Se a ingestão de água for interrompida totalmente, o corpo começará a sofrer com os efeitos mais graves e, no final, vai parar de funcionar”, explica Janaína.

O corpo dá sinais para mostrar que está desidratado

Para se precaver e evitar a desidratação, é preciso ficar atento: felizmente, o próprio corpo dá alguns sinais para indicar o problema. Um dos mais conhecidos é a sede excessiva, que é causada por um estímulo do cérebro sempre que a ingestão de líquido está muito baixa.

Mas não para por aí: também existem outros sintomas que revelam que é preciso dar uma atenção extra à hidratação! A médica Janaína Guimarães aponta quais são eles: boca seca, diminuição da produção de urina, fraqueza, cansaço, dor de cabeça, hipotensão, confusão e tontura.

O que fazer para resolver o problema?

Agora que você já entendeu o que causa a desidratação e como o corpo reage à ela, deve estar se perguntando: mas o que fazer, afinal, para resolver o problema e não prejudicar o funcionamento dos órgãos?

Beber muita água – é claro – é a principal medida. No entanto, por mais que exista o consenso de que 2 litros de água é suficiente, Janaína afirma que a quantidade ideal para resolver a desidratação deve ser avaliada individualmente com um médico. “Muitos são os fatores que influenciam na ingestão hídrica adequada. Podemos citar o clima, por exemplo: moradores de cidades mais quentes necessitam ingerir mais água que os que habitam cidades mais frias. Além disso, também tem nível de atividade física, idade do indivíduo, metabolismo, peso e dieta”, explica.

Para ajudar quem não tem o hábito de ingerir bastante água, a profissional dá a dica de ter sempre uma garrafinha ao lado ou baixar aplicativos que funcionam como um lembrete. Para completar, também recomenda o consumo de frutas, legumes e verduras que ajudam a aumentar a hidratação do corpo: “Alguns desses possuem maior teor de água, como melancia, melão, abacaxi, tomate e pepino. Mas vale lembrar que eles não podem substituir a ingestão hídrica, apenas funcionar como aliados para o bom desempenho do nosso metabolismo”, finaliza.

* Janaína Guimarães (CRM 52.0111.857-9) é formada em Medicina pela Universidade Federal Fluminense