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Flexitarianismo: o que é e como montar um cardápio equilibrado
Guia Culinário 25/02/2022

Flexitarianismo: o que é e como montar um cardápio equilibrado

Enquanto o veganismo propõe o corte total do consumo de produtos de origem animal, o flexitarianismo chega com uma ideia menos radical: reduzir o consumo de carnes e dar um foco maior para alimentos naturais e integrais. O estilo de vida flexitariano é bem simples e pode ser seguido de diferentes formas, sabia? Para saber mais sobre o assunto, nós conversamos com a nutricionista Caroline Codonho, que falou mais sobre as particularidades desse tipo de alimentação. É só continuar lendo!

Flexitarianismo: o que é e quais seus benefícios

O termo “flexitarianismo” foi criado em 1990 pela nutricionista norte-americana Dawn Jackson Blatner, autora do livro “The Flexitarian Diet”, que se baseia em três pilares principais para uma boa alimentação: saúde, equilíbrio e sustentabilidade. O flexitarianismo vai muito além de ter hábitos alimentares saudáveis – a ideia é seguir um estilo de vida balanceado e também preocupado com o meio ambiente. Bem bacana, né?

A dieta flexitariana não pode ser considerada propriamente vegana ou vegetariana. Afinal, embora o seu cardápio seja composto basicamente por frutas, legumes, verduras, água e alimentos naturais e integrais (característica do vegetarianismo), também é possível comer carnes e produtos de origem animal em alguns momentos, sempre de forma equilibrada.

Por ter esse pilar de equilíbrio, a alimentação flexitariana tende a ser muito benéfica para o organismo: faz bem para os sistemas circulatório, nervoso, imunológico, respiratório e traz uma sensação de bem-estar e leveza para o corpo. Outro ponto positivo do flexitarianismo é que ele ajuda a combater o desperdício de alimentos, tendo em vista que a proposta é se alimentar justamente de forma equilibrada, sem exageros.

Vale destacar, no entanto, que para montar um plano alimentar flexitariano e usufruir de seus benefícios, é muito importante consultar um nutricionista – de modo que você possa selecionar os melhores alimentos para suas necessidades e planejar refeições que sejam completas nutricionalmente. Fica a dica!

Qual a quantidade de carne que um flexitariano pode comer?

Quando se trata de reduzir as carnes nas refeições, é comum que as pessoas se perguntem qual o limite desse consumo. De acordo com a nutricionista Caroline Codonho, não existe uma regra para a quantidade de carne a ser consumida. No entanto, é possível estabelecer 3 níveis de consumo de carne que cada um pode seguir:

“Tecnicamente não existe um percentual fixo de proteínas de origem animal recomendado, uma vez que o flexitarianismo, mais do que uma dieta, é um estilo de vida. A criadora da dieta chamada flexitariana (Dawn Jackson Blatner) recomenda três níveis de exclusão de carnes: iniciante, que propõe 2 dias na semana sem carne; avançado, que consiste em passar de 3 a 4 dias sem carne; e o expert, constituindo 5 dias sem carne”, explica a profissional.

Flexitarianismo saudável: opte por carnes magras e controle o seu consumo

Uma dica importante para quem quer aderir ao flexitarianismo é ir reduzindo as carnes nas refeições de forma gradual. Além disso, escolher bem o tipo de carne também é importante – afinal, algumas opções são mais gordurosas e menos saudáveis que outras. De acordo com a nutricionista, atentar a essa questão é um dos pontos mais importantes.

“Além da retirada de carne, recomenda-se que quando ocorra a presença desse alimento, este seja de origem mais saudável, de pastagem ou orgânica. A principal diferença é contabilizar a presença da proteína animal na dieta e reduzir não somente a frequência, mas também as porções”, recomenda Caroline.

Quais os alimentos mais importantes para uma dieta flexitariana?

Na hora de montar um cardápio flexitariano, existem alguns grupos alimentares que são considerados indispensáveis. De acordo com a nutricionista, beber bastante líquido e dar preferência para alimentos naturais (preferencialmente orgânicos) é o primeiro passo. “Vegetais, grãos, feijões, sementes, frutas, verduras frescas e muita água. As fontes de proteína acabam sendo provenientes dos feijões e sementes”, explica Caroline.

Lista de alimentos para adotar o flexitarianismo

Na hora de comprar os alimentos para a dieta flexitariana, você pode fazer uma lista de vegetais preferencialmente orgânicos, leguminosas, sementes, oleaginosas e outros que são bem saudáveis e nutritivos. Seguem alguns exemplos certeiros:

– Alface

– Rúcula

– Espinafre

– Couve

– Brócolis

– Quiabo

– Beterraba

– Berinjela

– Abobrinha

– Cenoura

– Arroz integral

– Feijão

– Grão-de-bico

– Banana

– Mamão

– Limão

– Laranja

– Sementes de chia

– Sementes de linhaça

– Oleaginosas (castanhas, nozes e amêndoas)

– Salmão

– Ovos orgânicos