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Diabéticas e saudáveis: mulheres contam como convivem bem com a doença
Guia Culinário 26/02/2019

Diabéticas e saudáveis: mulheres contam como convivem bem com a doença

Viver com diabetes não precisa ser um problema, sabia? Apesar de a doença demandar cuidados extras com a alimentação, é possível ter uma rotina equilibrada e saudável sem muitas complicações. Para mostrar o dia a dia de quem passa por isso, a gente conversou com duas mulheres que têm diabetes mellitus tipo 1 – na qual o corpo não produz insulina (ou em pouquíssima quantidade) e, por isso, precisa receber doses diárias do hormônio. Conheça essas histórias:

Sheila tem um ótimo controle dos carboidratos que ingere

A jornalista Sheila Vasconcellos, de 49 anos, convive com a diabetes há 33 anos. Desde o diagnóstico, ela vive uma rotina de alimentação bem regrada: “Eu fui diagnosticada com diabetes mellitus tipo 1 quando eu tinha 15 anos e, na época, a dieta que foi implementada para mim foi muito restritiva… Eu realmente não comia doce, só coisas diet (com adoçante). Alguns alimentos como batata inglesa, doce, arroz branco, pão branco, biscoito, sucos naturais (por conta do excesso do açúcar) também foram abolidos do meu cardápio. Em contrapartida, eu comecei a comer mais frutas in natura, legumes e verduras”, conta a jornalista.

Além de ter uma rotina de alimentação mais saudável, Sheila também se preocupa em ter o total controle de carboidratos e alimentos que ingere no dia a dia: “Antes de todas as refeições – seja antes do café, almoço, lanche ou janta – eu meço a glicemia e conto os carboidratos da refeição. Ou seja, olho para o prato que estou prestes a comer e calculo a quantidade total de carboidratos que tem ali. Eu preciso dessa informação para colocar na bomba de insulina, que é um aparelho pequeno responsável por administrar a quantidade certinha de insulina que eu preciso por dia. Além disso, eu vou ao endocrinologista de três em três meses para fazer um acompanhamento”, completa.

Outro ponto positivo é que a Sheila também participa de encontros sobre a diabetes, já que ela é vice presidente da Associação dos Diabéticos da Lagoa (ADILA), no Rio de Janeiro. “Por conta dessa doença, eu procurei estudar para aprender mais sobre o assunto. Fiz um curso sobre alimentação saudável, sobre contagem de carboidratos e, por isso, consigo viver bem melhor hoje em dia”, conta.

Engana-se quem pensa que é necessário excluir muita coisa da dieta quando se tem diabetes mellitus 1. A Sheila é a prova viva de que com equilíbrio dá para conviver com a doença de forma saudável: “Não há uma restrição alimentar rígida. Eu só preciso calcular e administrar a minha insulina. Mesmo assim, eu cortei algumas coisas do meu cardápio: não bebo refrigerante, evito sucos de fruta (o de laranja, por exemplo, aumenta demais a glicemia) e também evito o pão francês e o arroz branco, sempre preferindo os alimentos integrais. Essas escolhas têm deixado a minha vida bem mais saudável”, explica Sheila.

Caroline Frankenberger aprendeu a cuidar mais de si com a diabetes

Caroline Frankenberger, de 20 anos, é mais um exemplo de quem consegue lidar superbem com a diabetes. Estudante de Comunicação Social na UFRJ, ela conta que a doença é algo que está sempre como prioridade na sua vida: “O meu diabetes é do tipo 1 e ele afeta totalmente a minha vida. Costumo dizer que já me acostumei e faz parte do meu dia a dia, como mais uma responsabilidade que preciso sempre priorizar”, comenta Caroline.

Encarar as coisas de maneira positiva é outro ponto que facilita a convivência com a doença. “Sou insulino dependente, então pra onde quer que eu vá, carrego minhas insulinas, meu glicosímetro, fitas de medição e agulhas. É como uma roupa, não saio sem! E tenho sempre que estar pensando nisso: ao comer, ao fazer atividade física, ao sair… Mas tento enxergar de uma maneira sempre positiva. A diabetes me influenciou a buscar conhecer mais o meu próprio corpo e cuidar de verdade da minha saúde. É uma missão de vida”, relata a estudante.

A universitária também destacou a importância do equilíbrio para ter uma alimentação mais saudável: “Inicialmente, como minhas taxas estavam bem descontroladas, eu cortei bastante os doces, massas e lanches, evitando sempre ao máximo. Quando elas começaram a se normalizar e fui conhecendo mais sobre a doença, enxerguei que não precisava ser tão radical. Que eu precisava me cuidar, fazer boas escolhas, optar por alimentos saudáveis quando eu pudesse, mas que também poderia comer outras coisas. É tudo questão de equilíbrio!”, finaliza Caroline.

É importante lembrar: Para garantir um convívio saudável com a diabetes, é fundamental que a pessoa se consulte sempre com nutricionistas e endocrinologistas. Além disso, a rotina de alimentação deve ser planejada junto com o médico, de modo a garantir um estilo de vida 100% saudável e sem riscos.

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