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Dia da Mulher: atletas contam como conquistaram autoconhecimento com o esporte
Movimente-se 08/03/2019

Dia da Mulher: atletas contam como conquistaram autoconhecimento com o esporte

Em todo o mundo, o dia 8 de março traz consigo uma celebração especial: a comemoração das lutas e conquistas sociais feministas que ocorreram ao longo dos anos. O Dia Internacional da Mulher, estabelecido pela ONU, nada mais é que uma data para refletir a história, comemorar as vitórias e também homenagear todas as mulheres do mundo. E se tem uma coisa que todos aprenderam com o tempo é que lugar de mulher é onde ela quiser – inclusive no esporte! Para entrar nesse clima, nós separamos três histórias inspiradoras de mulheres que se realizaram e cresceram com a ajuda de algum esporte. Dá uma conferida!

Juliana Esteves tem uma relação de paixão com o tênis

A estudante de Direito Juliana Esteves, de 22 anos, tem uma história de amor com o tênis que já dura 12 anos. “Eu comecei a jogar quando tinha 10 anos de idade. Nessa época, lembro que já começava a crescer em mim um senso importante de responsabilidade, principalmente com relação aos estudos… Eu senti que o esporte trouxe mais disciplina e determinação para tudo na minha vida”, explica.

Sabe quando você leva o aprendizado do esporte para o seu dia a dia? Foi justamente isso que aconteceu com a Juliana: todo o esforço, concentração e garra que ela aprendeu dentro de quadra também conseguiu levar para outros lados da sua vida. “Por ser muito dinâmico e imprevisível, o tênis te obriga a persistir até o último ponto. Muitas vezes, eu começava o jogo perdendo e baixava a cabeça, mas assim que fazia um ponto importante, me forçava a buscar os próximos para tentar vencer. E foi esse sentimento de acreditar em mim mesma e de não desistir que me fizeram superar desafios escolares, familiares e pessoais. O tênis mudou a minha vida para sempre, pois foi com ele que aprendi lições importantes de caráter, autoconhecimento e paixão”, conta.

O amor pelo tênis é tão grande que Juliana tenta praticar o esporte pelo menos uma vez por dia, sempre que possível. Além disso, ela se envolve em projetos que têm relação direta com o tênis – em 2016, a universitária se voluntariou nas Olimpíadas do Rio para trabalhar como boleira. Além de ficar mais próxima de seus ídolos do tênis, essa foi uma experiência de grande aprendizado: “Eu fiz amizades incríveis, conheci profissionais da área e fiquei ainda mais perto de um universo que tanto amo”, comenta.

“O tênis, para mim, representa muito mais do que um esporte – é como se fosse uma outra casa, onde tenho essa sensação de pertencimento. Quando estou jogando, entro em um momento de maior intimidade comigo mesma, pensando na melhor estratégia, no melhor golpe ou no meu adversário que está do outro lado. Dentro da quadra, minhas preocupações se resumem apenas em fazer o ponto. Por isso, sempre recorro ao tênis em momentos de estresse, tristeza ou ansiedade”, completa a estudante.

Guinevere Gaspari pratica o roller derby, um esporte de representatividade e acolhimento feminino

Se tem um esporte que representa força e representatividade feminina, com certeza é o roller derby. De origem norte-americana, esse esporte vem ganhando mais força em vários cantos do Brasil. O mais interessante é que ele é majoritariamente praticado por mulheres, e consiste na disputa entre dois times de patinadoras em uma pista oval, envolvendo bastante contato físico. A produtora Guinevere Gaspari, de 29 anos, se encontrou por completo nesse esporte. Ela faz parte da Sugar Loathe, que é uma das principais ligas brasileiras desse esporte.

“O derby me mostrou que nós, mulheres, temos muito mais força e capacidade do que realmente pensamos. Me fez querer entender melhor o funcionamento e o tempo do meu corpo e isso foi uma grande descoberta em vários sentidos. Eu achava que nunca me encaixaria em esporte algum, mas pude encontrar lá o meu espaço e entender que muitas barreiras podem ser facilmente derrubadas”, conta Guinevere.

Uma das coisas mais incríveis do roller derby é o espaço de acolhimento e aceitação que ele proporciona às mulheres. “Eu pude conhecer e entender melhor o meu corpo desde que comecei a praticar. Além disso, eu entendi que não preciso ser magra ou musculosa para praticá-lo, mas que preciso de um preparo físico e condicionamento para aguentar o ritmo de treinos e evitar lesões. Passei a ter esse olhar cuidadoso sobre alimentação, exercícios, sono… Não para emagrecer, mas pra poder dar o meu melhor para mim para a minha equipe”, finaliza a produtora.

Gabriela Corrêa joga futebol desde os 5 anos de idade

Tem gente que não consegue viver sem praticar algum esporte. A gerente de projetos Gabriela Corrêa, de 25 anos, já pratica futebol há 20 anos: uma paixão que surgiu na infância e que segue firme até hoje! Além disso, ela também jogava basquete, mas resolveu parar em 2016 e se dedicar apenas ao futebol. Formada em Rádio e TV pela UFRJ, ela sempre esteve envolvida com a Atlética da universidade e, inclusive, trabalha atualmente em uma empresa que produz eventos esportivos.

“Ter vivenciado o esporte desde pequena me ensinou muitos valores que carrego comigo, tanto na vida pessoal como profissional. A minha história e formação se misturam total com o esporte e a verdade é que eu nem me reconheço sem ele. Mas sempre que passo por fases em que não estou praticando tanto quanto gostaria ou deveria, sinto uma diferença muito grande. Praticar esporte me faz sentir ativa, o corpo respira melhor, se comporta melhor”, conta Gabriela.

Ela também destaca que o melhor é a sensação de autoconfiança e disposição que o esporte traz para a sua rotina. “Tudo flui diferente! E, claro, a autoestima e confiança também vêm junto. Quando você joga algum esporte, em algum momento você tem que aprender a confiar em si mesma. Em algum momento, o próprio esporte vai te forçar a encarar isso, e é uma mudança de pensamento e ação importantíssima”, finaliza Gabriela.

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