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Compulsão alimentar: O que fazer para fugir da gula?
Movimente-se 06/10/2015

Compulsão alimentar: O que fazer para fugir da gula?

Fome ou vontade de comer? Em cada cabeça uma sentença! Em nossa incessante busca por uma dieta eficaz para manter uma alimentação equilibrada sem, necessariamente, deixar de saborear algumas tentações, muita vezes, esquecemos que o grande “x” desse dilema está em nós mesmos. Por isso, cada vez mais, psicólogos e psicoterapeutas ensinam técnicas de autoconhecimento, observação e registro alimentar que nos ajudam a identificar erros em nossos hábitos e achar soluções para as razões da “gula”.

Considerada um dos “sete pecados capitais da humanidade”, a gula, quando comemos além do necessário, é um reflexo cabal de como a mente interfere em nossas ações cotidianas. Com a correria e o estresse do dia a dia, a ansiedade nos leva a vícios, exageros e hábitos que, ao longo do tempo, podem se configurar em distúrbios, como nesse caso, a compulsão alimentar.

“Muitas pessoas sofrem de compulsão alimentar que pode acontecer em momentos de muita ansiedade. O gatilho da compulsão alimentar varia de pessoa para pessoa. Geralmente, quem tem impulsos incontroláveis de comer muito em pouco tempo – de preferencia carboidratos – já tem como base um transtorno de ansiedade generalizado. Nesse caso, o alimento surge para trazer um alento, um conforto, uma forma de amenizar (mesmo que seja por pouco tempo) a sua ansiedade e conflitos internos”, explica a psicóloga Marilene Simão.

Terapia da gula: Conheça o “diário nutricional”

Você sabia que existe uma terapia para gula? Através dessa técnica, alguns “truques” são ensinados para nos permitir identificar o “gatilho” da compulsão. Um dos mais utilizados é o “diário nutricional”, onde a pessoa anota tudo que come, o horário e – em alguns casos – o que sentia no momento em que comia ou pouco antes da ação. Segundo a Dra. Marilene, esse método é eficaz, mas para isso é preciso comprometimento, disciplina e disposição:

“É preciso estar determinado a controlar os impulsos compulsivos, pois só assim esse método de anotar tudo o que come surtirá resultados. Ao ver os exageros que se comete ao longo do dia a pessoa vai levar um susto e sentir culpa, e, a partir deste ponto, esse recurso será bem eficiente. Quem não estiver determinado a se tratar e ter o controle sobre o seu comportamento não fará as anotações corretamente e diariamente. Irá se autossabotar. Por isso é que tem que estar determinado e disposto a ver e sentir os benefícios destes recursos de anotar tudo o que se come, sem esconder nada”, explica Marilene Simão.