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Bebê com dificuldade de evacuar: o que fazer? As formas de resolver o problema
Guia Culinário 01/07/2020

Bebê com dificuldade de evacuar: o que fazer? As formas de resolver o problema

Quando o bebê fica com dificuldade de evacuar, é bem comum surgirem sintomas como irritabilidade, dor e inchaço abdominal. Por isso, é muito importante tomar as medidas cabíveis (manter certos cuidados com a alimentação, por exemplo) para resolver o problema e aliviar ao máximo os sintomas de desconforto no pequeno. Para saber mais sobre o assunto, nós conversamos com a pediatra Caroline Oliveira, que deu ótimas sobre como tratar prisão de ventre em bebês. Confira!

Como identificar se o bebê está realmente com dificuldade de evacuar?

Antes de tudo, o mais importante é saber identificar se o bebê está realmente com prisão de ventre – para, a partir daí, tomar os devidos cuidados e seguir os procedimentos de tratamento. A pediatra Caroline Oliveira dá dicas de como identificar esse tipo de problema, acompanhando sempre atentamente a rotina de evacuação do bebê.

“Primeiro precisamos entender o que é, de fato, o intestino preso. É bem comum que bebês com menos de 6 meses, que estão em aleitamento materno exclusivo, demorem uma semana pra evacuar – e não necessariamente isso é um sinal de prisão de ventre. Os pais devem ficar atentos ao cocô do quinto dia de vida, que deve ser mais amarelado e brilhante e não esverdeado/marrom, como na maternidade. A forma das fezes é a grande chave para esse entendimento. Bebês com prisão de ventre evacuam ‘bolinhas duras’ e não uma pasta amarela, mesmo que isso demore um pouco mais e não seja 4 vezes por dia, como é comum aos 4 meses de vida”, explica a médica.

“O aspecto do cocô muda bastante quando se inicia a introdução alimentar – muda o formato e a cor e os pais devem ficar atentos para que não machuque a pele do ânus do bebê. O cocô deve ser moldado, macio e de coloração marrom”, complementa a profissional.

Aposte em uma alimentação rica em fibras e líquidos

Na maioria das vezes, a constipação intestinal em bebê ocorre por conta de algum desequilíbrio de nutrientes – o que acarreta na má formação das fezes. De acordo com a pediatra, a (má) alimentação tende a ser uma das grandes responsáveis pelo problema. “As causas de prisão de ventre, de um modo geral, são alimentares – como uma alimentação pobre em fibras, por exemplo”, explica.

Para garantir que o sistema digestivo do bebê funcione bem, a médica ressalta a importância de consumir um nutriente específico. “Em bebês em aleitamento materno exclusivo, a ingestão de fibras e líquidos pela mãe traz o diferencial pra evitar a constipação. Já para os bebês que já iniciaram a alimentação, manter oferta de fibras, água e frutas (como uva, mamão, couve e pera) é essencial”, destaca a profissional.

Além de tomar os devidos cuidados com a alimentação do bebê, existem outras formas de amenizar os sintomas da prisão de ventre. A pediatra dá dicas de como suavizar possíveis dores e inchaços causados pelo problema. “A massagem abdominal pode aliviar os sintomas incômodos da prisão de ventre. Caso a mudança alimentar não funcione, podemos lançar mão de manobras com cotonete ou supositório e até mesmo medicação, mas isso deve ser avaliado minuciosamente pelo pediatra de rotina”, recomenda Caroline.

A alimentação de um bebê com dificuldade de evacuar deve ser a mais natural e diversificada possível

Para garantir o bom funcionamento do intestino e do organismo de uma forma geral, a principal dica é sempre buscar uma alimentação balanceada. De acordo com a pediatra, esse é o segredo para evitar que o bebê tenha dificuldade de evacuar. “A alimentação deve ser sempre a mais natural e diversificada possível – e isso não só para a saúde intestinal. As fibras contidas em folhas verdes (couve e brócolis) e cereais (chia e linhaça) podem ajudar bastante, juntamente com as frutas (mamão, pera, ameixa) e a ingestão de líquidos (água, chás e sucos para maiores de 1 ano). O ideal, a longo prazo, é alternar entre alimentos que prendem e soltam para que haja um equilíbrio intestinal. E isso vai ser de acordo com cada bebê”, finaliza a médica.