

Consultor:
Caroline Codonho
Formada no Centro Universitário São Camilo, tem 3 pós-graduações: Saúde da FamÃlia e Comunidade (IEP Albert Einstein), Fisiologia e Metabolismo Aplicados a Nutrição e Atividade FÃsica (ICB-USP) e Nutrição ClÃnica Funcional e Fitoterapia (VP/ UNICSUL)
Bons exemplos devem ser mostrados e seguidos. Já sabemos do poder de cura dos alimentos e da influência da natureza em nossas vidas - a chamada alimentação nutrigenômica - , contudo, quando a teoria se torna prática é sempre relevante destacar que é possÃvel viver sem fazer uso de remédios. O melhor exemplo do poder medicinal da nutrição bioativa aconteceu recentemente na Polônia e vem sendo divulgado mundo afora. A fotógrafa Ullenka Kaczmarek, ao ver sua filha Maya, de apenas 9 anos, desenvolver uma doença de pele chamada eczema, mudou radicalmente os hábitos alimentares de sua famÃlia e, sem ajuda de remédios, conseguiu reverteu o mal.
O eczema é uma inflamação aguda ou crônica na pele que gera sintomas como coceira, inchaço e vermelhidão, por motivos alérgicos. Ainda incurável, ele pode afetar indivÃduos de todas as idades, mas são mais frequentes em crianças . Até hoje, a sÃndrome era controlada através apenas de tratamento clÃnico, mas, agora, a alimentação pode criar outras possibilidades.
Ullenka disse, em publicação veiculada pelo portal Terra, que percebeu a reação alérgica na pele de Maya principalmente quando ela consumia laticÃnios e carnes ou alimentos com glúten, o que fez com que tomasse a decisão de controlar a dieta da filha, passando a incluir apenas frutas e alimentos crus no cardápio da famÃlia. "Foi essa dieta que salvou a pele de Maya. Estava assustada e nervosa, e pronta para retornar aos remédios para que Maya tivesse algum alÃvio. Então, descobri uma comunidade vegana no Instagram e aprendi sobre o tratamento de doenças do tipo seguindo uma dieta de baixo carboidrato", declarou Ullenka.
Logo no dia seguinte, ela deu inÃcio ao programa de 10 dias, chamado "Banana Island", que só permite a ingestão de bananas. A experiência, segundo ela, foi incrÃvel. Nos três meses seguintes, Maya aderiu a dieta detox. Atualmente, a famÃlia viaja o mundo em seu carro cheio de frutas, descobrindo novos sabores ao longo do caminho. Assista ao vÃdeo feito por eles mostrando a transformação de Maya.
Ao saber do procedimento feito por Ullenka com sua filha, consultamos a nutricionista Caroline Codonho, especialista em nutrição funcional, para comentar sobre o episódio. Ela destacou a atitude da mãe: "Chamamos isso de dieta de rotação, que é uma estratégia da nutrição funcional. Também utilizamos a metodologia de destoxificar para alguns casos. Aqui no Brasil já temos muitos casos semelhantes, talvez não aderindo a uma dieta especÃfica. Se ela tivesse acesso ao trabalho de uma nutricionista funcional, por exemplo, ela teria sido orientada a retirar os alimentos que julgássemos alergênicos para a filha dela. Infelizmente isso está ficando comum por aqui também! Problemas de saúde aparentemente inespecÃficos, que na verdade tem causa alimentar", enfatizou a profissional.
Ciência comprova poder dos alimentos!
Há algum tempo, os cientistas pensavam que tudo que o corpo necessitava para funcionar adequadamente eram carboidratos, gorduras, proteÃnas, minerais, vitaminas e água. Agora, cada vez mais, são reconhecidas a importância dos valores nutricionais encontrados de forma superpotentes nas frutas e vegetais, os chamados fitoquÃmicos . Apesar dessa pesquisa estar apenas começando, novos achados estão surgindo, trazendo novidades fantásticas sobre o poder de cura desses alimentos. A soja e o repolho, por exemplo, passaram a ser considerado potenciais "salva-vidas", pela ciência.
"Têm várias doenças que podemos controlar através da alimentação, porque muitas vezes a causa do mal é a exposição excessiva a determinado alimento. Nós nutricionistas levamos muito a sério a frase do pensador grego Hipócrates que diz para fazer do teu alimento o teu remédio. Então se há 2 mil anos os estudiosos diziam isso, acredito que seja só uma questão de olharmos mais para o que estamos colocando no prato ", destacou Caroline Codonho.