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Treinamento funcional ou em circuito? Qual é a diferença entre eles? Entenda!
Movimente-se 11/08/2016

Treinamento funcional ou em circuito? Qual é a diferença entre eles? Entenda!

Treinamento em circuito e funcional. Você sabia que são práticas diferentes? Sim, é muito comum misturarmos os conceitos das duas atividades, mas, cada categoria possui suas especialidades e peculiaridades. Entretanto, quando falamos em saúde e qualidade de vida, ambos são igualmente benéficos para o bem-estar físico e mental do nosso corpo e têm atraído cada vez mais adeptos. Veja as características de cada um deles!

Segundo a professora de educação física, Laura Castro de Garay, tanto os treinamentos funcionais, quanto os circuitos, são caracterizados como métodos que apresentam resultados positivos, a médio ou curto prazo, e que melhoram a qualidade de vida como um todo. Contudo, ela explica que as práticas, apesar de parecidas, não são iguais:

“Trabalhar diversas qualidades físicas em formato de circuito não é caracterizado um treino funcional, pela definição original do método, e sim uma adaptação ao nome para torná-lo mais atrativo. O treinamento funcional teve sua origem na fisioterapia para o tratamento de dores em geral, reabilitação física e com o objetivo de pré-habilitação, ou seja, preparar o indivíduo para uma tarefa específica. Já o treinamento em circuito surgiu no rigoroso inverno inglês, em 1953, para que os atletas de campo trabalhassem as qualidades físicas através de estações de exercícios em um local fechado, assim não perderiam a performance”, analisa a profissional, salientando algumas razões de haver essa confusão:

“A união circuito-funcional é vista como uma “mistura” de qualidades físicas (agilidade, coordenação, lateralidade, equilíbrio, velocidade) de forma desordenada que consequentemente não trabalha o princípio da especificidade”, enfatiza.

Benefícios do treinamento funcional

Segundo a professora Laura, o treino funcional veio a beneficiar todas as populações desde as crianças até os idosos. Cabe aos professores de Educação Física elaborar a progressão do treinamento de forma objetiva e cautelosa em relação as necessidades e habilidades.

“O próprio nome emite o significado de melhorar a função de determinada condição. Técnicos, treinadores e personal trainer utilizavam o método com o intuito de fortalecimento articular e muscular de atletas e no trabalho das funções musculares, através das cadeias cinéticas”, ressalta a profissional.

Principais vantagens: Redução de lesões pelo princípio da progressão, treinar as áreas envolvidas para trabalhar da mesma maneira que serão utilizadas em determinadas atividades, a força é desenvolvida com objetivo de melhora nas habilidades e não pelo aumento da força, propicia o trabalho de movimentos globais e específicos realizados com materiais como: elásticos, bolas, bosu, suspensão.

Benefícios do treinamento em circuito

Já o circuito também é motivante e o aspecto social o torna atrativo, por otimizar o tempo e apresentar variações constantes dos exercícios quanto a forma de execução e as diversidades dos recursos materiais. O treinamento é essencial para melhorar o condicionamento aeróbico, a resistência muscular, equilíbrio e agilidade.

“É importante ressaltar que, se o circuito for realizado ao ar livre e principalmente na areia, cabe ao professor organizar e adaptar o aluno e prezar pela sua segurança e progressão da intensidade e volume, pois a areia compromete algumas funções e benefícios quando comparadas a superfície rígida”, finaliza a profissional.

* A professora Laura Castro de Garay é CAO na goTeach – Instituição Educacional de Cursos de Educação Física e PhD. em Biodinâmica do Movimento e Desporto (UNICAMP/Portugal).

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