Nutricionista leva prêmio “Jovem Cientista” analisando o selênio na alimentação

Não é de hoje que a ciência voltada à nutrição e alimentação saudável ganha destaque e a devida atenção da sociedade. A cada dia, novas pesquisas, estudos e análises descobrem e comprovam a eficiência dos bons hábitos alimentares para a nossa melhor qualidade de vida. Um dos exemplos disso aconteceu no concurso “Jovem Cientista 2015”, no qual a nutricionista Bárbara Rita Cardoso, da Universidade de São Paulo (USP), venceu o prêmio máximo ao apresentar um trabalho sobre os efeitos benéficos do selênio, através do consumo de castanha-do-Brasil (do Pará), para idosos que sofrem com leves deficiências cognitivas.

A análise, fruto da tese de doutorado da nutricionista, avalia o mineral como a principal fonte de regeneração cognitiva. Por ser o alimento natural mais rico nesse elemento, a castanha-do-Brasil foi o objeto de pesquisa. Durante seis meses, Bárbara separou, aleatoriamente, 31 idosos, que possuíam algum distúrbio de raciocínio, em dois grupos distintos: um que consumia as castanhas nas refeições e o outro que não. No final, a profissional percebeu que a deficiência de selênio simplesmente desapareceu no primeiro grupo.

Outro resultado interessante apresentado na análise foi que o grupo que recebeu a oleaginosa teve desempenho melhor em dois dos cinco testes cognitivos aplicados após a ingestão do alimento. Eles melhoraram significativamente nos testes de fluência verbal e de praxia construtiva, em que deviam copiar desenhos previamente apresentados por um neuropsicólogo.

O que é selênio? Em quais alimentos encontramos?

O selênio é um mineral com ação antioxidante essencial para a saúde. Em conjunto com a vitamina E, ele atua auxiliando o sistema imunológico defendo o organismo contra os ataques de radicais livres. Além das nozes, o elemento está presente em alimentos como o salmão, carnes e arroz integral.

Sobre o prêmio “Jovem Cientista”

Instituído em 1981, o prêmio “Jovem Cientista” é uma iniciativa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que visa revelar talentos, impulsionar a pesquisa no país e investir em estudantes e jovens pesquisadores que procuram inovar na solução dos desafios da sociedade.

Bárbara foi a vencedora da categoria “Mestre e Doutor”, com a pesquisa: “Efeitos do consumo de castanha-do-brasil sobre o estresse oxidativo em pacientes idosos com comprometimento cognitivo leve e a relação com variações em genes de selenoproteínas”.