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Fuja do efeito sanfona: Entenda seu metabolismo e se alimente corretamente
Guia Culinário 11/02/2015

Fuja do efeito sanfona: Entenda seu metabolismo e se alimente corretamente

“Essa pessoa come muito e não engorda!” ou “Eu emagreço (ou engordo) muito rápido!”. Quantas vezes escutamos essas frases e não sabemos as razões? É claro que as explicações são muitas, que vão desde questões genéticas até mesmo (ao senso comum) meramente “sorte”. O certo é que o nosso organismo traz peculiaridades a cada ser e uma de suas ações, o metabolismo, presta importante trabalho no funcionamento do corpo, por tanto, precisamos estar atentos aos sinais.

Cientificamente falando, o metabolismo é o conjunto de transformações que os nutrientes e outras substâncias químicas sofrem no interior do nosso corpo, produzindo energia suficiente para mantê-lo funcionando. Ele é influenciado por inúmeros fatores, tais como genética, idade, peso, altura, sexo, temperatura ambiente, dieta e prática de exercícios.

Do total de energia gasto por uma pessoa em um dia, entre 60% e 70% são usados apenas nas funções vitais, como respirar, batimento cardíaco, temperatura corporal, etc. Cerca de 10% a 12% do consumo de energia desse total são utilizados no gasto termogênico dos alimentos, ou seja, a cota que o corpo precisa para processar o que se come, da mastigação até a absorção do organismo. Dessa forma, existem pessoas que gastarão mais ou menos energia do que outras. “É por isso que existem pessoas magras, que comem de tudo e não engordam de jeito nenhum, enquanto outros lutam para perder alguns quilos a mais”, destacou a Dra. Maria Candida Junqueira Zacharias, nutricionista clínica e esportiva e dona do site especializado no assunto, “Vida Nutritiva“.

“Acelerando” o metabolismo – É muito comum ouvir que o excesso de peso se deve ao metabolismo lento do organismo. Isso até pode ser verdade, mas não se trata de algo que não pode ser mudado, com substituições no cardápio, exercícios e outras pequenas alterações no estilo de vida. Para as pessoas que têm mais dificuldades para emagrecer, de acordo com a nutricionista, o ideal é fracionar as refeições 5 a 6 vezes ao dia (o organismo terá de trabalhar mais vezes para processar um maior número de refeições), comer devagar, mastigando bem os alimentos e reduzir o consumo de alimentos gordurosos e ricos em açúcar e farinhas refinadas. Segundo ela, alimentos ricos em fibras (grãos integrais, legumes, frutas e verduras) levam mais tempo para serem digeridos e por isso aceleram o metabolismo. A prática de exercícios físicos, principalmente os aeróbicos (caminhada, natação, ciclismo, esteira, bicicleta) ajuda muito, pois a taxa metabólica aumenta 25% durante 12 a 15 horas após os exercícios aeróbicos intensos.

10 alimentos que aceleram o metabolismo:

– Maçã

– Água

– Amêndoas

– Chá-verde

– Iogurte de baixas calorias

– Frutas vermelhas

– Salmão

– Carnes magras

– Pimenta

“Desaceleração” do metabolismo – Em contrapartida, cerca de 80% da taxa metabólica é determinada geneticamente, enquanto os outros 20% dependem de outros fatores, ou seja, você não pode mudar a genética, mas pode condicionar o metabolismo.

Para pessoas com dificuldade de engordar, a dieta deve controlar o excesso de açúcar. “O açúcar é digerido mais rapidamente, retardando a digestão de outros alimentos e enganando o cérebro, que sinaliza com mais fome em pouco tempo. Isso também vale para as farinhas de trigo brancas (refinadas) utilizadas no preparo de pães, bolos e massas.

Os alimentos gordurosos também devem ser controlados, mas é importante não reduzi-los em demasia, uma vez que a deficiência desse nutriente diminui a produção de certos hormônios, levando à diminuição do metabolismo”, explicou Maria Candido, dando dicas de alimentos para essa dieta. “Utilize em suas refeições gorduras que fazem bem para a saúde provenientes de nozes, castanhas e azeite de oliva. O tempo entre uma refeição e outra é muito importante. Quanto maior o tempo, mais lento é o seu metabolismo, pois ele diminui para poupar energia. Quando pulamos refeições, ficando muito tempo sem comer, o corpo procura obter a energia que precisa consumindo o seu próprio tecido muscular (catabolismo)”, finalizou.