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Crianças livres de agrotóxicos: Desenho animado ensina sobre os orgânicos
Guia Culinário 30/06/2015

Crianças livres de agrotóxicos: Desenho animado ensina sobre os orgânicos

Para educar crianças e jovens sobre a importância do consumo de alimentos orgânicos, livres de agrotóxicos e produtos químicos, parte do projeto do Governo Federal, “Trabalho, Renda e Sustentabilidade no Campo”, o Centro de Desenvolvimento Agroecológico Sabiá, de Pernambuco, lançou recentemente um desenho animado instrutivo para enfatizar a importância da educação e, até, reeducação alimentar. Com o título de “Comida que Alimenta”, a animação também busca incentivar a produção local, do comércio solidário e agricultura agroecológica, além de valorizar a cultura das feiras e os alimentos regionais do Brasil.

Dirigido pela artista plástica e animadora Ianah Maia , o desenho trata, através da conversa de uma criança com um agricultor agroecológico, questões como os problemas causados à saúde pelo consumo de agrotóxicos e dos produtos transgênicos. “Apesar de ter uma linguagem acessível às crianças, o vídeo também é voltado para todos os públicos, pois traz um humor inteligente e informações que são importantes também para jovens, idosos e adultos”, explica a organização. A animação já pode ser assistida através da internet e será lançada em uma série de atividades, primeiramente no Recife.

O que é agroecologia?

Apesar da produção atual de comida ser suficiente para alimentar toda a humanidade, uma em cada sete pessoas ainda passa fome no mundo, segundo informações do relatório anual da agência da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Por isso, a agroecologia busca, através da distribuição e o acesso à alimentação em nível global, alternativas que não se limitem apenas à produção, mas atentem para problemas sociais estruturais, seguindo alguns conceitos básicos:

Soberania Alimentar: Todos os povos devem ter direito aos meios de produção de alimentos seguros e nutritivos, garantindo a alimentação saudável e as necessidades de suas sociedades.

Valorizando o camponês: A agroecologia faz uma ponte entre o conhecimento tradicional e a ciência integradora de várias áreas, valorizando tanto as inovações tecnológicas que ajudam a enfrentar os problemas vinculados à produtividade da plantação, quanto o camponês como fator fundamental para o trabalho no campo, reestruturando socialmente a comunidade agrícola e a agricultura familiar, de onde advém 70% dos alimentos para consumo no mundo.

Reduzindo custos e criando empregos: Segundo o relatório Agroecologia e o Direito à Alimentação, das Nações Unidas, a agroecologia reduz os custos de produção ao minimizar o uso de insumos caros, melhorando as condições de vida das famílias agricultoras, particularmente aquelas mais pobres. Ela pode ser intensiva em conhecimentos e em mão de obra, criando oportunidades de trabalho nas áreas rurais e promove o desenvolvimento rural.

Desenvolvimento sustentável: A agroecologia não utiliza produtos químicos, recicla totalmente seus componentes e prioriza o desenvolvimento da diversidade genética no espaço agrário. Só no Norte e Nordeste do país já existem cerca de dois milhões de unidades de produção que não utilizam agrotóxicos.

Saiba mais sobre agroecologia no site oficial do Centro de Desenvolvimento Agroecológico Sabiá.