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Comida afetiva: Conheça mais sobre o Comfort Food!
Guia Culinário 01/09/2015

Comida afetiva: Conheça mais sobre o Comfort Food!

Sabe aquele prato que logo traz à mente aquela gostosa nostalgia afetiva das receitas da mãe ou da avó, seja pelo cheirinho ou pela primeira garfada na comida? Então, esse prazeroso momento gastrônomico tem nome: “Comfort Food”. Contudo, apesar da sensação de bem-estar que esses pratos nos remete é preciso também ter moderação e consciência nutricional em seu consumo para podermos usufruir dos benefícios que uma “escapadinha” da dieta social pode gerar em nossa qualidade de vida.

Pode ser a carne assada com ricota que sua avó preparava, o rosbife especial da mãe, ou, ainda melhor, os pratos doces que você comia na infância. Na verdade, pode ser qualquer prato que remeta a algum momento marcante ou pessoa querida.

A chef de cozinha Lara Brittes explica que o conceito de Comfort Food é aplicado às comidas simples, fartas e que trazem memória gustativa. “Elas são capazes de elevar o ato fisiológico de comer a um estado de espírito, ou seja, são pratos que fazem sentir bem não apenas pela saciedade da fome”, diz a profissional.

Assim, justamente por serem tão reconfortantes é que eles merecem atenção especial, já que a possibilidade de exagero é grande. Para a nutricionista funcional e esportiva Nicole Finoquio, o primeiro passo para evitar os exageros é identificar o gatilho responsável, afinal, a fome incontrolável de comer essa comida pode ter fundo emocional. Nicole explica que, ao parar para pensar e analisar os motivos desta “fome emocional”, a pessoa será realmente capaz de evitar o exagero.

“Primeiramente, a alimentação saudável deve ser tratada como uma mudança permanente no estilo de vida e não como uma obrigação em seguir uma dieta. Logo, deve-se identificar se você está comendo por ‘prazer’/ ‘satisfação pessoal’ ou, simplesmente, por fome real”, sugere a nutricionista.

Substituições inteligentes para o comfort food

Nicole explica que uma estratégia fundamental para mudar o estilo de vida e evitar deslizes é realizar substituições inteligentes, demonstrando que não é preciso abrir mão de um prato preferidono processo de reeducação alimentar, basta adaptar os ingredientes. Ela dá alguns exemplos:

Feijoada – Optar por uma versão vegetariana, em que se adiciona o tofu (soja fermentada) em substituição aos miúdos, carnes e embutidos. Nesses casos, é interessante utilizar temperos naturais e, no caso de uma feijoada tradicional, escolher consumir pouca quantidade de miúdos e embutidos, sempre adicionando couve na refeição (fonte de fibras e antioxidantes) e abacaxi, pois contém bromelina, enzima que auxilia na digestão.

Macarronada – Optar por uma preparação feita com massa integral, sem molhos brancos e queijos amarelos, podendo ser feita com um molho de tomate caseiro.

Sobremesas – Substituir o açúcar refinado por adoçantes naturais como o xilitol, ou ainda pelo açúcar mascavo ou demerara em pouca quantidade. Estes tipos de açúcares preservam os nutrientes e minerais, não passando pelo processo de refino.

A Dra. Nicole Finoquio atualiza informações diárias sobre o mundo da nutrição em seu Instagram: @nicolefinoquio